*Voltinha do dia 21 Abril
Como estava combinado lá se fez a jantarada na sexta-feira á
noite em casa do Tó Quim, a malta no meio dos copos e já sem raciocinar muito
bem lá decidiu que no Domingo iríamos escalar a serra de Áire até lá bem acima às
antenas para depois apanharmos um trilho que a rapaziada do Outeiro da Matas
abriu em tempos e assim foi. Encontro ás 8.00h no Lidl em Ourém pois a malta anda cansada
(melhor dizendo acomodada) e em vez de irmos de bike desde Ourém decidimos ir
de carro até ao Bairro e começar a volta a partir daí, bom desta vez lá se
pensou que como aquilo vai ser sempre a subir não iria aparecer ninguém...errado...a
rapaziada aderiu em grande número batendo mesmo o recorde dos últimos tempos,
resta é saber se foi pelo desafio da subida se pelo desafio da descida hehehehe
(a malta precisa é de desafios que os motivem) contagem feita e éramos 15 duros
prontos para enfrentar a escalada á serra.
( Quando chegarmos aos 20 haverá 1 leitão )
Os duros desta semana:
Luís Taborda, Renato, Conde, Pedro GT, Pedro Aquino, Ruizito,
Valter, Nuno da Clara, João Reis, Hélder Galhano, Tó Quim, Sérgio, Rui
Verdasca, Zé Mendes, Tó Silva.
Os Baldas da semana:
Zé Azevedo, Nuno Vet, Adelino, Humberto, Tiago Gomes, Ruca,
Costa Pereira.....

Chegada ao Bairro, toca de tirar as biclas dos carros, depois
também há aqueles com a mania que são grandes e compram carros altos e depois é
vê-los empoleirados em cima de escadotes e bancos a tentarem tirá-las, outros mostram os sapatos novos outros as meias (só lhe faltam é as ligas hehehehe), dá-se as afinações de ultima hora, tudo prontinho e vai de arrancar que a maldita subida
está á nossa espera, toca de fazer uns estradões para aquecer as pernas que
aquilo vai ser duro,uns kms mais á

frente e dá-se a iniciação da subida, foi logo um bahhhh…é que além de já custar
subir com terreno normal agora com pedras soltas e calhaus é que se torna impossível
aquilo eram 5 pedaladas e continuava-se no mesmo sitio, perdia-se logo o equilíbrio
e éramos obrigados a desmontar, era a frustração para quem queria tentar fazer
aquilo tudo sem desmontar, e assim lá se teve de fazer a primeira parte do
percurso a empurrar o cavalo…decorrido um terço da subida e de repente
começa-se a avistar uma cabeça lá bem ao fundo no inicio da subida…” mas que
raio…quem é aquele?...” era o menino Tó Silva que tinha perdido os óculos e
teve de descer aquilo tudo á procura deles ( é bem feito…os óculos é para
usar nos olhos e não na cabeça a enfeitar, a não ser que ela funcione a energia
solar hehehehe ), até que só lhe fez foi bem assim cansou-se 2 vezesJ
Lá fomos andando e esperando, tirando umas fotos aqui outras
acolá (é que a malta gosta de se exibir prá
foto, é só vaidosos), apreciando a
paisagem que nos rodeava que é divinal, entretanto já se avistavam cada

vez
mais perto os emissores era sinal que estava quase feito o martírio, depois de
tanto subirmos eis-nos então a todos lá em cima a contemplar as belas paisagens
de perder de vista e com um belo dia de sol, ainda deu para subir á torre de
vigia e mais alto que aquilo já não dava senão a malta subia (com a gana que
estava), o vento pouco ou nada se fazia sentir é que com ventania e o
pessoal todo transpirado ia-se tornar um bocado desagradável, hora da foto de
grupo e a avacalhação do costume tudo a lutar pelo melhor lugar na foto.
Posto
isto vamos lá morfar e retemperar as forças gastas na subida, ainda fomos
visitar o único ervado que por lá existe no meio do nada (parecia ser a pista
de aterragem dos ovnis, para quem acreditar é uma questão de investigar J
), Ovnis não vimos mas ET´s estavam lá 15 hehehehehe.


Tudo pronto, então bora lá a preparamo-nos para a tão
desejada descida…”siga siga“…dizia a malta ansiosa e no momento lá vem o
maldito furo e de sua autoria Pedro GT, (pelo menos furou antes da descida),o que vale é que o senhor da meia estava sempre em cima do acontecimento e pronto para ajudar, tudo em ordem novamente e toca
a arrancar era o momento de desfrutar mas só
nos primeiros 100 metros, é que a seguir começa a reinar e a abundar o calhau era
pedras de perder de vista e degraus vertiginosos ou seja aquilo não era bem uma
descida era o pronuncio de uma morte anunciada, era mesmo preciso um kit unhas
para se poder manobrar dentro daquele singletrack, eu na minha tacanhez e falta
de jeito lá me ia aguentando e já estava a dever umas 5 ou 6 quedas ao chão mas ia passando incólume e em condições normais até deveria já ter furado
algumas 10 vezes é que aquilo era só pedras afiadas que pareciam lâminas, uma
queda e era a morte do artista…até que de repente ouve-se um grito do Taborda
(não é o Tarzan Taborda atenção J) CUIDAdoooooooooo e CAPUT…lá foi ele às couves, o
pior é que enquanto ele dizia cuidado lá á frente já eu estava também a espetar
a fronha contra um tronco cá atrás e a rebolar por aqueles calhaus abaixo que nem
tive tempo de piar, cum raio aquilo embicou e foi cá um capotanço que nem vos
conto, a primeira impressão foi logo…”pronto já tenho o ca***ho do nariz
partido, fod*****se”… aquilo doía e ardia pra caramba (aliás hoje dói-me além do
nariz, a cara, o pescoço, o braço, a perna e as costas ou seja estou todo
amassado), bom toca lá a recompor e ver se tava tudo no sitio e fazer-me ao
resto da descida que aquilo nunca mais acabava e devia-mos ainda ir aí a meio,
é claro que o resto já foi feito a medo e com falta de confiança, meio pé no
chão meio sem jeito valia tudo menos tombar outra vez e calhaus e sitio pra
cair era coisa que não faltava.
Finalizando a descida lá íamos contando as nossas peripécias
á medida que chegávamos e a conclusão era que grande parte de nós tinha ido
lamber o chão hehehehe, uns era peles penduradas no joelho outros eram braços
cortados outros pernas arranhadas e alguns caíam a pé, o que vale é que ninguém
se aleijou a sério é que onde estávamos aquilo teria sido uma carga de trabalhos
para tirar dali alguém, enfim o entusiasmo e a ânsia de querer fazer tudo
montado tem destas coisas…

Bom se a subida era dura e tinha calhaus que bastassem a descida
também não tinha sido nada fácil aliás ainda chegávamos cá abaixo mais cansados
do que se fosse a subir, mas para quem gosta de trilhos bastante técnicos e de
desafiar o perigo fica aqui uma boa opção para lá irem testar-se (já sabem se
encontrarem por lá um tronco com pele do nariz agarrada é minha e lembrem-se…olha
aqui caiu o Conde J).
De regresso então aos carros e ainda faltava fazer uma
subida pra dar cabo do resto, com mais ou menos esforço lá se foi fazendo, acabou por ser uma volta demorada mas os kms não foram muitos (22 km +/-) a malta vinha era
toda amassada e já não podia com o corpo.
Bikes arrumadas o pessoal aconchegado nos carros, bora mas é apontar direito a casa pra bela banhoca e almoçar
que a fomeca já aperta.
A rapaziada para a semana (se não chover e tudo correr bem)
vai apontar direito ao Outeiro das Matas para fazer o passeio deles, que
costuma ser muito bom, apareçam.
Passeio do outeiro das matas: "Domingo, 28 de Abril de
2013
Passeio BTT:
Inscrição: 5 pedais (c/almoço 8 pedais)
Inclui: Dorsal; Reforço Alimentar; Banhos
Partida: 9:00h - Sede da ACROM (Outeiro das Matas - Ourém)
Percurso: 30 km - Dificuldade Média"
Até lá boas Pedaladas e poucas quedas…
Fica aqui a altimetria e o percurso da volta